17/03/2021
Em meio às adversidades de um período que restringiu a economia, a produção e a mobilidade em todos os mercados ao redor do mundo, a indústria brasileira de móveis e colchões mostrou, mais do que nunca, sua força e potencial de expansão. Dando sequência à trajetória positiva do último ano, as exportações moveleiras em janeiro de 2021 apresentaram crescimento de 36,9% comparando-se a igual mês de 2020.
Os dados atualizados são do estudo “Monitoramento das Exportações” — parte do conjunto de ações mensais de inteligência comercial e competitiva do Projeto Brazilian Furniture, realizado pela ABIMÓVEL - Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário em parceria com a Apex-Brasil - Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos.
Destaque para a exportação de estofados, que no primeiro mês do ano cresceu 47,4% na comparação com janeiro de 2020. Nas demais categorias monitoradas pelo estudo, os números também são animadores: colchões, 44,2%; móveis de madeira, 36%; e móveis de metal, 27,2%. Demonstrando, assim, oportunidades de internacionalização em todos os segmentos. Veja os dados detalhados na tabela abaixo.
10 principais destinos dos móveis brasileiros
Ainda na comparação com igual período do ano anterior, durante o mês de janeiro de 2021 chama atenção o aumento significativo das negociações de empresas de móveis brasileiras com compradores dos Estados Unidos (57,4%), Chile (169,4%), Peru (85,1%) e Porto Rico (177,8%). Do lado negativo, entre os dez principais mercados-alvos da indústria moveleira nacional, observou-se queda em dois mercados vizinhos: o Paraguai (-3,5%) e a Colômbia (-9,1%). Já as exportações para o Reino Unido, segundo maior destino dessa lista, cresceram abaixo da média, mas mantiveram-se positivas no início do ano (6,1%).
Exportações para os Estados Unidos em destaque
Um dos principais mercados-alvos do Projeto Brazilian Furniture e maior destino dos móveis brasileiros no exterior, as exportações para os Estados Unidos tiveram um crescimento bastante significativo em termos de valor em 2020: US$ 270,2 milhões, representando um aumento de 12,1%.
Enquanto encontramos formas de contornar as restrições físicas do período por meio de rodadas de negócio on-line e acordos entre os países, a mudança dos hábitos dos consumidores, em decorrência do contexto sanitário e da intensificação de regimes de teletrabalho, pode ter influenciado positivamente este cenário. Contudo, o dinamismo das vendas brasileiras para os Estados Unidos vem de antes e decorre dos investimentos da indústria brasileira em sustentabilidade e design integrado à indústria, tornando os produtos mais competitivos. ?
A título de curiosidade, vale ressaltar que o estado da Flórida é a grande porta de entrada para os móveis brasileiros no mercado americano. O Mapa Estratégico de Oportunidades nos Estados Unidos da Apex-Brasil, no entanto, revela que temos ainda mais espaço para crescer.
Desde 2016, as exportações de móveis brasileiros para o País, vem crescendo em um ritmo médio de 18,3% ao ano, bem acima dos concorrentes. A China é, atualmente, nosso principal competidor. As disputas comerciais entre os dois países, porém, podem favorecer consideravelmente o mercado brasileiro. Continuaremos monitorando e cunhando oportunidades!
O estudo completo — “Monitoramento das Exportações de Móveis — está disponível para os associados ao Projeto Brazilian Furniture. Para baixar, acesse brazilianfurniture.org.br/intranet/ com seu login e faça o download.
MÓVEIS: O NOSSO NEGÓCIO!
Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário - ABIMÓVEL